Ele acelera fora do compasso e nos mostra o amor. Desacelera depois de uma decepção e nos apresenta o sofrimento. Ele grita quando está com dor e se manifesta de forma exagerada quando está transbordando de felicidade. Não, ele não se controla! Nós é que temos que nos controlar e arcar com as consequências, segurar a onda que o nosso coração não segura. Ele se expõe, não consegue disfarçar. Ama, pede a presença, se entrega. Na teoria somos donos dele, mas na prática a história é bem diferente. Ele é independente, desobediente e surdo, às vezes. Não escuta quando pedimos, desesperadamente, para que ele esqueça tal pessoa. Ele se apaixona e não escolhe dia, hora, estado civil ou classe social, nem nos pergunta se estamos preparados para enfrentar qualquer coisa para satisfazê-lo. Se não fazemos, ele se despedaça. Para cicatrizá-lo é uma missão difícil, demorada e desgastante. Mas ele não aprende. Quando conseguimos reanimá-lo, faz tudo de novo! E mesmo que cause tantos transtornos não tem como negar, é ele que nos mostra as melhores sensações do mundo e nos mantém vivos a cada pulsar.

texto de Marina Guido

Foto by Adria Abrão

1 comentários:

Leila disse...

Então,minha filha! E como acelera! O meu acelerou desde o momento em que te vi descendo do ônibus, na véspera do dia das mães. A vontade de te dar "aquele" abraço tão sonhado...se concretizou e pude fazê-lo por 3 semanas inteirinhas. Poderia ter sido mais...mas ficou o gostinho de quero mais e uma saudade que...meu Deus...judia! Sinto (sentimos) sua falta! Espero que não demore a voltar! Te amo muito! Beijos!

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